Hoje fui a um casamento. Coisa rara, não me lembro de ter ido a muitos casamentos nos últimos anos. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a quantidade de vezes que os noivos disseram sim, umas 10, pelo menos. Bem diferente da vida real. No nosso português, o sim não é tão usado, preferimos repetir o verbo a emitir um simples som monossilábico. Quer ir ao shopping? Quero. Vamos sair? Vamos. Você aceita Jerenilson como seu legítimo esposo? Sim!
Além da recorrência da simples palavra afirmativa, fiquei surpreso com a quantidade de pessoas chorando. Até eu fiquei com os olhos marejados ao ver todo mundo em prantos. Como se fosse um bocejo, fui envolvido pela multidão emocionada. Por mais que seja um clichê, o amor escancarado, declarado, pronunciado e corajososamente afirmado, nem que seja por três letras, é cada vez mais raro. Estamos nos acostumando a sermos solidários com as dores dos outros e dando menos valor aos momentos de alegria que podemos compartilhar. Dizemos menos o sim no nosso dia a dia. Eu confesso que foi ótimo ter me deixado levar. Apesar de toda caretice e formalidade da situação, os noivos estavam de all-star, entraram ao som de Beirut, trocaram alianças embalados pelo Coldplay e a valsa foi comandada pela Kate Tunstall. Ainda bem que disse sim quando me chamaram para o casamento! Da próxima vez, não esqueço meu all-star!
Nenhum comentário:
Postar um comentário